Recensão : La mission sociale des universités dans les Amériques – IEIM, OUI, UQAM

1 março 2016
Escrito por OUI IOHE

Publicação: 

Brunelle, Dorval (diretor) (2016) La mission sociale des universités dans les Amériques. Atas em quatro línguas. IEIM (UQAM) – OUI, Montreal.

Celebramos a recente publicação do Instituto de Estudos Internacionais de Montreal da Université du Québec à Montréal (UQAM) e da Organização Universitária Interamericana (OUI) que recolhe os trabalhos apresentados no Segundo Colóquio interamericano sobre “A Missão social das universidades das Américas”, realizado de 21 a 23 de outubro de 2014.

A publicação de 467 páginas, sob a direção de Dorval Brunelle, reúne os 19 textos de 26 autores apresentados no colóquio, nos quatro idiomas oficiais das Américas: 10 em francês, quatro em espanhol, três em inglês e dois em português. Destacamos que os leitores encontrarão nesta publicação, como fil condutor de reflexão, uma diversidade de posturas sobre como se está abordando a perspectiva da missão social das universidades nos últimos tempos no mundo universitário das Américas.

Sem dúvida, dentro da OUI se enriqueceu recentemente esta reflexão. Desde a realização do primeiro colóquio em 2013 – este ano celebraremos o quarto colóquio – há que reconhecer que ganhou maior importância a discussão epistemológica sobre todo o que compreende o conceito de “missão social universitária”.

Aos temas iniciais sobre as condições de ingresso, permanência e titulação dos estudantes, se integraram outros como o dos valores subjacentes na formação dos universitários e, particularmente, o de todos os projetos que se geram nas universidades e que contribuem ao desenvolvimento econômico, cultural e social de seu meio. Não é estranho que isto ocorra na chamada “sociedade do conhecimento” porque provavelmente, como nunca antes na história, se exige da universidade hoje que assuma a liderança social em matéria de criação de conhecimentos para contribuir a enfrentar desafios locais, regionais, nacionais e mundiais.

Desde esta perspectiva, se pode compreender que todo o que antes se integrava sob o título de “extensão universitária”, e que se relegava a uma terceira função substantiva das universidades após a docência e a pesquisa, hoje adquire una relevância fundamental. Não se quer dizer que a docência e a pesquisa deixaram de ser importantes, mas que agora a “distribuição social do conhecimento” não somente está determinando câmbios na docência e na pesquisa, mas que abriu um espaço de inovação para que as instituições universitárias redefinam sua ação frente à sociedade atual.

Em consequência, estimados leitores, as atas publicadas no livro que recenseamos são uma contribuição importante a esta discussão. Mesmo se, evidentemente, esta discussão não fica fechada porque não existe unanimidade para denominar a distribuição social do conhecimento que realizam as universidades: “extensão universitária”, “vinculação com a coletividade”, “responsabilidade social”, “compromisso social”, etc. Cada um destes conceitos compreende uma determinada visão da relação entre Universidade e Sociedade.

Em nosso caso, compartimos a “perspectiva radical” de Luis Miguel Romero, cujo trabalho é publicado neste livro, quem afirma a necessidade de “inverter a lógica dos conceitos que parte tradicionalmente da docência e da pesquisa, para ir para o suposto objetivo final do serviço à sociedade, fazendo agora do serviço à sociedade a razão de ser, o fundamento, que repensa o ser e ação da docência e da pesquisa”.

 

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